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Um Comandante é um pai - José Gomes

Este é o José Gomes.

Em 2008 ele tinha ficado doente – fazia uma ou duas semanas. Tensão alta e, por ser tetraplégico, tinha também problemas respiratórios. Não queria ir para o hospital onde já tinha estado internado muito tempo. Só depois de muita insistência aceitou ter de ir ao hospital. Ficou la pouco menos de uma semana – primeiro no Américo Boa Vida e depois foi transferido para o Hospital do Prenda. Nadine acompanhou-o e nós (Simão, Diogo e eu) ligávamos frequentemente para saber como estava. No Prenda ficaram muito tempo no corredor á espera de ser chamados. Ele já estava muito mal. Faleceu a 7 de Abril de 2008. Ligou a Nadine nessa noite – disse que ele tinha falecido. Foi na mesma noite em que chegou ao Prenda. Ficámos muito desconsolados.

Uma tropa sem comandante.

Um comandante é um pai. O José Gomes era tetraplégico mas muito ativo. Preferia sempre sacrificar-se pelos outros membros da associação. Velava pelos outros, não por ele. Os primeiros dinheiros desta Associação resultaram das vendas do livro que ele escreveu e dos postais que fazia. Ele editou o livro no Brasil antes de falecer, mas depois da morte dele a editora rescindiu o contrato. Deram-nos os livros que sobraram para que pudéssemos divulgar e encontrar quem o editasse. Se aparecer quem publique gostaríamos muito, porque as vendas do livro dariam mais receitas para continuar a Associação.

Ficámos muito perdidos. Mas continuou a esperança.


 
 
 
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Cacuaco, Luanda, Angola

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